segunda-feira, 4 de junho de 2012

Metade das capitais já tem ou prepara guarda municipal armada para ser "polícia preventiva"

  • Guarda Municipal de Aracaju tem como uma das missões exercer atividades de policiamento 
    Guarda Municipal de Aracaju tem como uma das missões
     exercer atividades de policiamento
Criada para proteger o patrimônio público das cidades, as guardas municipais ainda lutam para ganhar reconhecimento como uma força de segurança no país. Em meio à falta de regulamentação sobre a função dessas tropas, as capitais brasileiras passaram a armar os guardas. Segundo levantamento feito pelo UOL, 13 capitais já usam armas ou estão com processos em andamento.

Segundo o Ministério da Justiça, existem hoje mais de 86 mil guardas municipais no Brasil, que atuam em uma profissão sem regulamentação federal. Além de armas, a categoria –que ainda não possui sequer um órgão sindical nacional-- reivindica que as guardas sejam regulamentadas como “polícia preventiva” e atuem para evitar crimes nas cidades, e não apenas na segurança do patrimônio.

De acordo com o Estatuto do Desarmamento, de 2003, os municípios com mais de 50 mil habitantes podem armar suas guardas municipais. Desde lá, muitas capitais adotaram o uso de armamento pela guarda. Cidades como São Paulo, Porto Alegre, Vitória, Florianópolis, Curitiba, Belém e Aracaju já usam armas há algum tempo.

Outras capitais estão em processo avançado e devem passar a usar armas em breve, como Belo Horizonte e Goiânia, onde os convênios com a PF (Polícia Federal) – responsável pelo porte de armas – já foram assinados. Na capital mineira, por exemplo, as armas já foram compradas, e apenas os portes são aguardados.

No Nordeste – região onde o número de homicídios vem crescendo – é que se verifica o maior interesse atual em armar as guardas. Recentemente as prefeituras de Natal e Salvador anunciaram convênios com a PF para fornecer o porte aos guardas. Em João Pessoa, um projeto que prevê o uso de armas foi aprovado pela Câmara de Vereadores em dezembro de 2011. Em Maceió, um projeto encaminhado pela prefeitura está em análise desde 2010 na Polícia Federal.

Segurança desarmada


Em outras capitais, como Rio de Janeiro, Recife e Fortaleza, os guardas ainda fazem a segurança de prédios desarmados, e não há previsão de uso de armamento. E foi justamente a atuação desarmada que gerou polêmica no final de março, quando os guardas municipais de Fortaleza iniciaram um protesto por conta de dois casos de violência sofrida.

No dia 25/03 (domingo), dois guardas foram baleados por torcedores no terminal de ônibus do bairro Antônio Bezerra, após o clássico entre Ceará e Fortaleza. No mesmo dia, outros guardas não conseguiram impedir uma invasão e assalto à Câmara de Vereadores - eles ainda foram algemados durante a ação.

Fonte: UOL

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A Lei 10.826 de 2003, mas conhecida como Estatuto do Desarmamento, garante o Porte de Arma aos Guardas Municipais de cidades com mais de 50.000 habitantes.

Aracati tem aproximadamente 70.000 habitantes, com a violência aumentado sem controle, e nossa Guarda Municipal continua desarmada e desprotegida. E quem não tem proteção para si, não consegue proteger ninguém!

A Secretaria Nacional de Segurança Pública - SENASP do Ministério da Justiça, comandada pela Dra. Regina Maria Filomena de Luca Miki, já divulgou em diversas oportunidades que é necessário armar as Guardas Municipais para que colaborem, efetivamente, com segurança pública municipal junto à Polícia Militar.

Entre 2001 e 2008, a Dra. Regina Miki foi Secretária Municipal de Defesa Social de Diadema, período em que capacitou e armou a Guarda Municipal para agir preventivamente, reduzindo em 78,61% a taxa de homicídios da cidade, até então uma das mais violentas do Estado de São Paulo.

Será que teremos que presenciar a morte, em serviço, de algum destes nobres servidores de Aracati, para que se tomem as providências necessárias para aquisição do armamento para estes Profissionais? Ou será que teremos que perder nossos entes queridos, assassinados por algum delinqüente, na frente de uma guarnição de Guardas Municipais que nada puderam fazer em defesa do cidadão de bem, por não possuírem os meios necessários (o armamento).

Há localidades em Aracati em que os membros do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas são “constrangidos” por traficantes para não realizarem palestras educativas, e nossos Guardas Municipais não tem como agir!

Profissionalismo e competência nossos Guardas já demonstraram ter em diversas ocasiões. Sem contar que estão sempre buscando Capacitação em órgãos de segurança pública da esfera estadual e federal.

Já passou da hora de uma atitude mais firme por parte do Governo Municipal e de toda a Sociedade Aracatiense.

Alexander Santos
Graduado em Gestão de Segurança Pública